Na última semana, o bilionário Elon Musk desistiu do acordo de compra da rede social Twitter, no valor de US$44 bilhões. Em um documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários, o presidente-executivo da Tesla afirmou que houve violação material de diversas disposições do acordo. Logo após o anúncio, as ações do Twitter caíram 6%.
Em abril, Musk fechou um acordo para adquirir a rede social, mas pouco tempo depois colocou a compra em espera até que a empresa comprovasse que as contas falsas e bots de spam representavam menos de 5% do volume total de usuários.
Apesar de a rede social afirmar que as contas falsas não ultrapassam 5%, Musk diz que sua análise parcial a partir dos dados fornecidos pela empresa mostram que o número é maior. Os advogados de Musk afirmaram ainda que aparentemente as informações divulgadas sobre as contas falsas são enganosas. “A análise preliminar dos consultores de Musk das informações fornecidas pelo Twitter faz com que Musk acredite fortemente que a proteção de contas falsas e de spam incluídas na contagem de usuários relatada é muito superior a 5%”, afirmam advogados do bilionário em carta enviada à SEC na sexta-feira, dia 8.
Na carta, Musk diz ainda que solicitou por quase dois meses as informações necessárias para fazer sua avaliação independente e que por vezes o Twitter não apenas falhou ou se recusou a fornecer os dados, como também ignorou as solicitações.
Mas parece que essa batalha está longe de terminar. O acordo determina que em caso de quebra de contrato ou disputa judicial, Musk deve pagar uma multa de cerca de US$1 bilhão. E o Twitter também pode acabar sendo obrigado a pagar uma taxa de rescisão no mesmo valor ao bilionário. Após o anúncio da suspensão da compra, a rede social prometeu levar o dono da SpaceX à justiça para que o negócio seja cumprido. Cenas para os próximos capítulos.