Em Outubro de 2021, Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome da empresa Facebook para Meta, em referência a metaverso, e informou que agora o foco da companhia passará a ser realidade virtual e realidade aumentada (VR e VA). A partir do anúncio da gigante da tecnologia, o metaverso despertou interesse de todo o mundo.
Mas afinal, o que é o metaverso?
Metaverso é o termo utilizado para denominar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade usando óculos especiais e outros equipamentos digitais. Parece coisa de filme, não é? E o conceito do metaverso já foi referenciado no cinema, no longa-metragem Jogador Nº 1, do diretor Steven Spielberg, que foi lançado em 2018. No filme, os personagens passam horas em um jogo de realidade virtual, muitas vezes para se distraírem dos problemas que enfrentam na vida real. Mas a primeira referência a metaverso foi feita muito antes, pelo escritor Neal Stephenson no livro “Snow Crash”, publicado pela primeira vez em 1992. No livro, acompanhamos a história de Hiro, que é um entregador de pizza na vida real e um hacker samurai no mundo virtual.
Em 2003, foi lançado o jogo Second Life, onde os usuários podem criar um avatar e interagir com outros em um mundo virtual, vivendo praticamente uma “segunda vida”. A ideia é que no metaverso, semelhante ao jogo Second Life, você possa acessar uma realidade virtual e lá ser quem você quiser e fazer o que quiser: manter contato com amigos, ir à festas, trabalhar, comprar e decorar uma casa, as possibilidades são infinitas.
Second Life foi uma febre no início dos anos 2000 e ainda existe, mas não conseguiu se manter relevante a ponto de revolucionar a maneira como usamos a internet devido a falta de uma economia digital – o que hoje já é possível com o crescente uso de criptomoedas. A revolução do metaverso é a possibilidade de uma economia própria que permitirá o comércio de itens diversos.
Como investir no metaverso?
Para quem se interessar por investir no metaverso, os NFTs (non-fungible token – ou token não-fungível) e as criptomoedas serão indispensáveis. Essas tecnologias tornarão possíveis transações financeiras no metaverso, possibilitando o comércio de propriedades virtuais, jogos, obras de arte digitais, e até roupas para nossos avatares. As empresas poderão vender versões virtuais de seus produtos, e fazer publicidade dentro do mundo virtual.
Cada produto comprado no metaverso será negociado como um NFT, assegurando a autenticidade e dando a garantia de que ele é único e não pode ser copiado. Outra forma de investir no metaverso é investindo em empresas que são ligadas ao setor de tecnologia, como as que desenvolvem jogos.
A revolução do metaverso
Hoje em dia, boa parte de nossas interações sociais são feitas nas redes sociais, onde compartilhamos registros do nosso dia a dia e mantemos contato com outras pessoas através de computadores e smartphones. No metaverso, será possível que as pessoas convivam, usando avatares customizados em 3D, em um ambiente virtual completamente imersivo. Podemos dizer então que, de certa forma, o metaverso será uma evolução do ambiente digital em que estamos inseridos atualmente. Não iremos só acompanhar as redes sociais, teremos a opção de vivê-las do lado de dentro.
Por enquanto, o metaverso parece um futuro distante. Ainda são poucos os jogos que possuem um mundo virtual consolidado, como Fortnite e Roblox. Vivenciar o metaverso é com certeza um sonho a longo prazo. É necessário superar algumas dificuldades e implantar tecnologias como a 5G, para que tenhamos a conectividade necessária, pois uma boa transmissão de dados será requisito básico para acessar qualquer mundo virtual. No Brasil, a tecnologia 5G ainda está em fase de implantação e deve demorar alguns anos para ficar disponível para todos. Além disso, os equipamentos necessários ainda não são acessíveis à população em geral. Mas o fato é que o essa tecnologia já é uma realidade inevitável em nosso horizonte.