Startups da América Latina receberam US$ 28,6 bi em investimento nos últimos 5 anos, segundo estudo

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StartupsA economia global passa por um momento de instabilidade que tem impactado a captação de investimentos pelas startups. Porém, ao olharmos para os últimos cinco anos, é possível notarmos que se trata de um momento de queda em meio a uma constante de crescimento nos investimentos, segundo um estudo publicado pela empresa Movile.  

 

No estudo conduzido pela investidora, foi analisado o panorama de investimentos em startups da América Latina entre 2017 e 2021, com foco nos países Argentina, Brasil, Colômbia e México. O levantamento concluiu que o setor registra aumentos consecutivos de 120% ao ano no volume investido desde 2017. 

 

Em 2020, com o início da pandemia de covid-19 e consequentemente a incerteza que tomou conta do mercado, houve uma queda de 4%. Porém, em 2021, esse valor foi recuperado e os investimentos cresceram 184%. O ano de 2021 foi responsável por cerca 51% dos investimentos na América Latina nos últimos cinco anos: US$ 14,7 bilhões de US$ 28,6 bilhões.

 

“Os investimentos de risco na região vêm crescendo ao longo dos anos. E, embora enfrente alguns momentos de restrição, como em 2020 e agora, a inovação e a maturidade das startups da América Latina seguem avançando. Com o contexto global, esse ano será de investimentos mais criteriosos. Portanto, é importante que as startups redobrem o foco no seu “core” (seu principal produto/serviço), evitando distrações desnecessárias. Crescimento é fundamental, mas hoje, mais do que nunca, precisa vir acompanhado de “unit economics” saudáveis. O mercado pode estar incerto, mas a resiliência a choques econômicos/políticos é uma fortaleza dos empreendedores da região”, comenta Patrick Hruby, CEO da Movile.

 

Entre os países que foram foco do estudo, o Brasil concentra mais de 60% dos investimentos dos últimos 5 anos, cerca de US$ 17 bilhões. Em 2021, os investimentos foram de US$ 8,7 bilhões, sendo 81% investido no estado de São Paulo, seguido por 6,71% no Paraná e 2,96% no Rio de Janeiro.