A pandemia gerou muita transformação no comportamento dos consumidores e com isso grandes marcas precisaram se adaptar. Com a dificuldade de ir a um ponto físico para efetuar uma compra, o consumidor se viu obrigado a buscar outros canais para obter os produtos e serviços desejados. De olho nessa tendência, empresas começaram a investir no mercado de vendas diretas.
Gigantes como a Nike – que mudou sua estratégia e reduziu os distribuidores de suas mercadorias de 30.000 para 40 -, Adidas, Whirlpool e Nestlè passaram a investir em um contato mais direto com o consumidor final, desenvolvendo canais de venda próprios e diminuindo a dependência de varejistas. Ao eliminar os intermediários, essas empresas aumentaram o controle sobre a própria marca.
A chave para que essa estratégia de aproximação ao consumidor funcione são os dados. Eles são a métrica para o sucesso da experiência do consumidor. Para auxiliar empreendedores a compreender o comportamento do consumidor durante a pandemia, foi feito um estudo pelo EY Future Consumer Index 2021. A conclusão dessa pesquisa destacou a importância de uma coleta de dados eficiente no ambiente online, para que as empresas conheçam o perfil e comportamento de seu público alvo e assim saibam como dar a ele a melhor experiência de compra.
Esses dados podem ser coletados através de programas de fidelidade, aplicativos, entre outros. O importante é que se dê uma atenção especial à questão da privacidade de dados. Cerca de 70% dos consumidores aceitam compartilhar algum tipo de informação e isso pode auxiliar as empresas a proporcionar uma experiência de compra mais personalizada.
Empresas que querem investir nesse relacionamento mais próximo com o consumidor final não trabalham simplesmente vendendo “coisas”. Elas buscam ir além e se tornarem indispensáveis, agregando valor e personalidade e fazendo com que o seu público desenvolva um novo nível de identificação com a sua marca. É como se adquirir o produto daquela marca específica agregasse um valor adicional à vida do comprador. Isso é um investimento para que o relacionamento entre a empresa e o consumidor continue por muito tempo após a venda ser finalizada.
Claro que mesmo com o crescimento do mercado de venda direta através de canais de compra próprios das marcas, as lojas físicas não deixarão de existir. Elas ainda têm um importante papel a desempenhar e a grande maioria dos consumidores ainda preferem fazer suas compras em uma loja física. Mas é importante que os varejistas aproveitem todas as interações com possíveis consumidores e invistam em prover não somente um bom produto, mas também um bom serviço. Investir em ter um diferencial é primordial para se manter relevante no mercado que está cada vez mais competitivo e buscando atender todas as necessidades e desejos de um consumidor que está desenvolvendo novos hábitos e interesses em uma velocidade acelerada devido ao novo contexto digital que vivemos nos últimos anos em razão da pandemia.